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terça-feira, 30 de junho de 2015

X-men e a História

X-Men e o Preconceito


Charles Xavier com os mutantes das duas primeiras formações (acima); abaixo, todos os X-Men reunidos, a capa do primeiro número em 1963, a capa da edição que reformulou a equipe nos anos 70, os heróis contra Magneto e Hugh Jackman no papel de Wolverine
Charles Xavier com os mutantes das duas primeiras formações (acima); abaixo, todos os X-Men reunidos, a capa do primeiro número em 1963, a capa da edição que reformulou a equipe nos anos 70, os heróis contra Magneto e Hugh Jackman no papel de Wolverine
Texto por Andrizy Bento

Ilustrações: Marvel Comics/Reprodução
>> Os X-Men foram criados por Stan Lee e Jack Kirby e tiveram seu primeiro título publicado em 10 de setembro de 1963, pela editora Marvel Comics.
>> Stan Lee confessou que estava farto de elaborar origem para os poderes de seus heróis. Portanto, optou pela saída mais fácil: criou os mutantes que já nasceriam com superpoderes. Desta forma, não necessitaria dar mais explicações em seus roteiros.
>> Lee queria intitular a publicação como The Mutants (Os Mutantes), mas o seu editor na época não gostou do nome. Ele alegava que o público não saberia exatamente o que seriam “mutantes” e que isso teria pouco apelo popular.
>> Stan Lee batizou sua criação de X-Men, aludindo à primeira letra do sobrenome do Professor Charles Xavier, que juntou todos eles. Há também o fato de os mutantes serem indivíduoseXtraordinários (“Xtraoridnary”, em inglês) que possuem habilidades eXtras (“Xtras”).
>> Os X-Men surgiram para tratar de um tema até então inexplorado nas HQs: o preconceito.
>> Os mutantes são considerados o próximo estágio da evolução humana, denominados homo superior.
>> O gene X é o responsável por conferir poderes especiais aos mutantes.
>> A princípio, os X-Men representavam um reflexo do contexto histórico e social em que surgiram (época dos conflitos raciais nos Estados Unidos na década de 1960). Eram também uma metáfora para adolescência, uma vez que os poderes mutantes se manifestavam na puberdade. Os jovens mutantes viviam situações típicas dessa fase da vida, enfrentando mudanças drásticas e sentindo-se deslocados na sociedade.
>> As primeiras revistas dos X-Men tanto abordavam o preconceito de maneira mais abrangente (ecoando a segregação racial existente nos EUA e a luta das minorias pela igualdade social) como de forma mais intimista (com foco nos dramas pessoais dos personagens, que tinham certa dificuldade em se aceitar como eram).
>> Guardadas as devidas proporções, é possível perceber paralelos entre o pacifista Xavier e Martin Luther King, entre o radical Magneto e Malcolm X. Martin e Malcolm foram líderes do movimento negro nos EUA da década de 60.
>> Xavier é um diplomata que sonha com a convivência pacífica entre humanos e mutantes. Magneto, em contrapartida, luta para subjugar a humanidade, sempre em busca da supremacia mutante.
>> Ao contrário de seus companheiros de editora, o Quarteto Fantástico, heróis vistos como celebridades pelo mundo, os X-Men eram tratados com hostilidade pela população, por serem “diferentes”, vistos como perigosos. O grupo, desde o início, foi temido e odiado pelo mundo que juraram proteger.
>> Ao longo dos anos, as histórias dos X-Men jamais deixaram de abordar esta temática da diferença. Porém, as questões retratadas nas HQs começaram a ir além da discriminação racial que inspirou Stan Lee a princípio. A homossexualidade, o antissemitismo, conflitos étnicos e religiosos,o ódio e a intolerância às ditas minorias foram outros assuntos trabalhados nas tramas dos mutantes. X-Men, portanto, pode ser encarado como uma metáfora sobre os direitos civis.
>> Um tema muito abordado nas HQs dos X-Men é a religião. Magneto, por exemplo, é judeu e foi um sobrevivente do holocausto. Na graphic novel Deus Ama, O Homem Mata, o reverendo William Stryker quer exterminar a raça mutante por conta de seus ideais religiosos, alegando que mutantes não são criaturas de Deus. Ironicamente, o personagem Noturno é um católico fervoroso com a aparência de um demônio.
>> A filosofia de X-Men é mostrar ao leitor a ironia de se estar contra as próprias pessoas que tem a capacidade de ajudar aos outros.
>> O Professor X herdou a mansão de seu pai, o renomado cientista Brian Xavier, e fez dela o seu Instituto Xavier para Jovens Superdotados, também conhecido como Mansão X. É uma fachada para uma base de operações e treinamento mutante, na qual Charles orienta seus alunos a dominarem seus poderes e utilizá-los apenas para o bem da humanidade.
>> Anote o endereço do Instituto Xavier Para Jovens Super Dotados é Avenida Graymalkin Lane, 1407, cidade de Salem Center, no Condado de Westchester, Nova York.
>> A primeira equipe era formada apenas por mutantes adolescentes e americanos. Scott Summers (Ciclope) disparava constantes rajadas óticas, necessitando sempre de seus óculos de quartzo rubi. Jean Grey era telecinética e telepata. Warren Worthington III (Anjo) possuía um par de asas; logo, voava. Hank McCoy (Fera), eradotado de pés e mãos enormes, além de possuir força e agilidade sobre-humanas. E Robert “Bobby” Drake (Homem de Gelo), produzia gelo e era capaz de reduzir a temperatura de seu próprio corpo.
>> Em 1965 ocorreu a primeira aparição dos Sentinelas, enormes robôs projetados para exterminar mutantes, criados pelo famoso cientista e pesquisador Bolivar Trask, que via os mutantes como uma grave ameaça à raça humana, assim como grande parte da população.
>> Inicialmente, os mutantes não desfrutaram do sucesso comercial de seus companheiros de editora, representando um fracasso para a Marvel. Somente na década de 1970 o título se tornou um sucesso de vendas.
>> Três anos após sua criação, em 1966, por causa do baixo índice de vendas, Lee e Kirby abandonaram o título.
>> Dois dos vários roteiristas e desenhistas que assumiram X-Men após a partida dos criadores foram Roy Thomas e Neal Adams. Eles resolveram rejuvenescer a franquia, adicionando dois personagens: Destrutor (Alex Summers), o irmão de Ciclope; e Polaris (Lorna Dane). Porém, a tentativa de salvar X-Men acabou fracassando e a série foi cancelada.
>> Stan Lee decidiu ressuscitar a franquia em 1975. Para isso, escalou o roteirista Len Wein e o desenhista Dave Cockrum. A dupla, imediatamente, introduziu uma nova equipe de mutantes no universo X.
>> Os roteiristas decidiram trabalhar com o conceito de uma equipe multiétnica, para diferenciá-los dos Vingadores, Quarteto Fantástico e outras superequipes de heróis da Marvel e da DC Comics. Além disso, uma vez que os mutantes constituíam uma raça, deveria haver portadores do gene X em todo o mundo.
>> A nova equipe passou a ser formada pelo alemão Noturno, o russo Colossus, o irlandês Banshee, a egípcia Tempestade, o japonês Solaris e o canadense Wolverine.
>> Na história, publicada na revista Giant Size X-Men # 1,de maio de 1975, os novos X-Men são contatados por Xavier para salvar os X-Men originais da ilha viva de Krakoa.
>> Logo, o roteirista Chris Claremont foi chamado para substituir Len Wein e o desenhista John Byrne entrou no lugar de Dave Cokcrum. Assim começou o sucesso da parceria Claremont-Byrne. Ambos estavam prestes a entrar pra história, graças às clássicas sagas que criariam juntos – entre elas, A Saga da Fênix Negra.
>> Na década de 1970 era raro o fato de histórias em quadrinhos apresentarem personagens femininas fortes e dinâmicas, quanto mais protagonistas negras. Mulheres nas HQs eram as namoradas dos protagonistas, as mocinhas em apuros que eram salvas pelos super-heróis. Então, X-Men rompeu paradigmas ao introduzir inúmeras heroínas e conferir destaque a elas – especialmente com a africana Tempestade e Jean Grey, uma das mais poderosas mutantes do universo Marvel.
>> A Saga da Fênix Negra foi considerada o canto do cisne da era Claremont-Byrne. Na trama, Jean Grey é possuída pela entidade cósmica Fênix, uma das forças primordiais do universo. Dona de poder ilimitado e altamente destrutivo, torna-se uma ameaça aos companheiros de equipe. A trama culmina em um desfecho trágico para a personagem que, sob a influência da Força Fênix, converteu-se em um dos grandes vilões da Marvel.
>> Outra saga considerada um marco das HQs dos X-Men é Dias de Um Futuro Esquecido, que trabalha com conceitos como viagens no tempo e linhas temporais alternativas. Esse arco foi inovador para a época.
>> Um arco de histórias bastante aclamado é o audacioso A Era do Apocalipse, evento cuja magnitude afetou a cronologia de diversas publicações da Editora Marvel além de X-Men. Na trama, o mutante Legião, filho de Charles Xavier, volta no tempo com o objetivo de matar Magneto. Contudo, o plano fracassa, pois o próprio Xavier se coloca na frente de Magneto e morre em seu lugar. Este fato altera todo o futuro e a cronologia mutante como os leitores conheciam. Legião imediatamente passa a inexistir e, com a morte do amigo, Magneto adota sua filosofia de convivência pacífica entre humanos e mutantes. Apocalipse, um dos mutantes mais poderosos do mundo e o mais antigo da história da humanidade (nascido há cinco mil anos no Antigo Egito), passa a imperar, lutando pela supremacia de sua raça.
>> A primeira aparição de Wolverine ocorreu em 1974. Criado por Len Wein, o carcaju canadense deu as caras, pela primeira vez, na revista The Incredible Hulk #180, como um coadjuvante sem grande relevância.
>> A liga metálica que reveste o esqueleto de Wolverine é o adamantium, um metal fictício e supostamente indestrutível.
>> Wolverine é considerado um anti-herói, bem longe do conceito de bom moço e herói certinho – o que faz com que o público se identifique, uma vez que suas atitudes não são politicamente corretas. Ele é rude, esquentado, rebelde, sarcástico. Mas acima de tudo tem bom coração e luta do lado do bem, características que humanizam o herói.
>> Ciclope, o primeiro X-Men do universo Marvel, é a antítese de Wolverine: sempre racional, frio e ponderado. Um líder nato, militar e praticamente a cristalização do sonho de Xavier.
>> O poder de Ciclope não pode ser controlado por causa danos causados no cérebro durante o acidente de avião que vitimou seus pais. Na esperança de que os filhos sobrevivessem, o pai de Scott e Alex Summers prenderam ambos em paraquedas e os empurraram do avião. Contudo, seu paraquedas pegou fogo e Scott bateu a cabeça quando aterrissou, lesionando a parte do cérebro responsável por “desligar” seu poder. Suas rajadas óticas são tão intensas que, sem o visor, Ciclope é capaz de fazer um buraco em uma montanha.
>> A princípio, ainda na década de 1960, a mutante Jean Grey era conhecida como Garota Marvel.
>> Noturno é filho de Mística com o mutante Azazel.
>> Magneto é tido como um dos personagens mais ambíguos da série. O fato de ser judeu e mutante, perseguido por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e hostilizado durante a sua vida inteira por humanos intolerantes, torna compreensível o motivo da revolta contra a raça humana mas não justifica suas ações terroristas.
>> Algumas importantes adições no universo de X-Men durante a década de 1980 foram Lince Negra (Kitty Pryde), capaz de atravessar paredes e objetos; Vampira, cujo poder é sugar a energia vital, lembranças e habilidades de todos que toca; e Psylocke (Elisabeth “Betsy” Braddock), telepata britânica.
>> No final dos anos 1980/início da década de 1990, o desenhista e roteirista Jim Lee assumiu a arte de X-Men, e introduziu na equipe Gambit (o mutante capaz de energizar objetos com energia explosiva) e Jubileu (uma adolescente com o poder de criar pequenas explosões energéticas).
>> A primeira editora brasileira a publicar X-Men foi a Gráfica e Editora Penteado (GEP) na série intitulada Edições GEP, na década de 1970. Mais tarde, nos começo dos anos 1980, as histórias dos X-Men passaram a ser publicadas pela RGE (Rio Gráfica e Editora) na revista Almanaque Marvel. Ainda nessa década, os X-Men passaram a estrelar as revistas em quadrinhos da Editora Abril, na qual permaneceram por longos anos, tanto em revistas que reuniam histórias de diversos super-heróis, como em títulos próprios. Nos anos 2000, os mutantes passaram a ter seus títulos publicados pela Panini Comics, sua casa atual.
>> As mais clássicas e importantes histórias dos X-Men chegaram ao Brasil através das revistas Superaventuras MarvelGrandes Heróis Marvel e Heróis da TV, todos títulos da Editora Abril. O ponto negativo era a mutilação das histórias, uma vez que os mutantes tinham de dividir espaço nessas revistas com as tramas de outros personagens.
>> Os X-Men só passaram a estrelar títulos próprios no Brasil com o lançamento nacional da graphic novel God Loves, Man Kills, publicada em janeiro de 1988, batizada por aqui como O Conflito de Uma Raça. Anos mais tarde, em 2003, ela foi relançada com o nome Deus Ama, O Homem Mata, tradução literal do título em inglês. O motivo foi a chegada aos cinemas do filme X-Men 2, cujo roteiro é baseado na mesma história.
>> A primeira aparição dos X-Men em uma animação para a TV foi no desenho Os Super Heróis Marvel (The Marvel Super Heroes), no episódio “The Sub-Mariner” estrelado pelo príncipe submarino Namor.
>> Os mutantes já protagonizaram diversas animações para a TV: X-Men Animated Series, de 1992, lançada pela Fox Network;X-Men Evolution, da Warner Brothers, de 2000;Wolverine and The X-Men, da Marvel Studios, lançada em 2008; e Marvel Anime: X-Men, produzida em 2011 pela Marvel Entertainment em colaboração com o estúdio de animação japonês Madhouse,
>> X-Men seria levado para a telona no final da década de 1980, dirigido por James Cameron para a Carolco Pictures, uma produtora independente. Mas Cameron acabou se envolvendo com o projeto do Homem-Aranha, deixando os mutantes de lado, e a Carolco fechou as portas.
>> O cineasta Bryan Singer se recusou a dirigir o filme dos X-Men, a princípio dizendo que não tinha interesse em ver e nem sequer fazer um filme baseado em quadrinhos – talvez por conta dos fracassos artísticos e comerciais que adaptações cinematográficas de HQs representaram nas décadas anteriores. Synger também nunca havia lido uma história de X-Men, o que causou certa apreensão e revolta nos fãs quando ele finalmente aceitou a proposta e seu nome foi anunciado como diretor da adaptação. Porém, as reações dos fãs se mostraram infundadas quando o primeiro filme foi lançado. O longa tornou-se um sucesso de crítica e público, além de contar com a aprovação da maioria dos X-maníacos.
>> Dentre os atores cogitados para interpretar Wolverine no cinema estavam Dougray Scott (que recusou não só este papel, como também o de Aragorn na franquia O Senhor dos Anéis), Russel Crowe e Edward Norton. O papel acabou nas mãos do então desconhecido ator australiano Hugh Jackman.
>> Dez anos antes do surgimento de X-Men, o autor Wilmar H. Shiras lançou o livro Filhos do Átomo (Children Of The Atom) que já apresentava um conceito de mutantes. Stan Lee jamais confirmou se o livro de 1953 foi sua inspiração para a criação de X-Men, mas há vários indícios disso. Inclusive, os mutantes da Marvel são comumente chamados de “Filhos do Átomo”.



Fonte: http://www.mondobacana.com/livros-setembro-2013/x-men.html

Disney e as Ciências

Disney e a História do Ensino das Ciências e Tecnologias



Nossa história está marcada por capítulos violentos, através deles podemos analisar os limites do homem, e também sua capacidade de improvisação para sobreviver. Poucas coisas são mais assustadoras do que a Segunda Guerra Mundial, foi um momento extremo, e todos estavam envolvidos de diferentes formas. A produtora Disney participou de forma bastante ativa do conflito, ela tinha o papel de educar, acalmar, divertir e doutrinar a população americana.



Walt Disney era apaixonado por seu país, tinha enorme desejo de defendê-lo das tropas inimigas logo na Primeira Guerra Mundial, mas era menor de idade e seus planos foram frustrados. Conseguiu um posto de motorista da Cruz Vermelha em 1918, entretanto o conflito já havia acabado. Mas em 1939 ele já era um artista famoso, e colocou seu talento a serviço do Governo Americano. Sua produção a partir de então se tornou essencialmente patriótica, ou seja, os heróis de quadrinhos não foram os únicos a lutar nesta guerra, Disney também tinha enorme força e impacto significativo, principalmente no público infantil. A produtora ridicularizava os nazistas, divertindo a todos os americanos, inclusive soldados em campo de batalha. Disney mostrava o quanto os americanos eram superiores. Os artistas gráficos dos estúdios projetavam emblemas para a guerra, e até mesmo equipamento militar. O trabalho era propagar o poder americano, além disso, foram criados muitos filmes de treinamento.
Foram produzidas várias animações contra o nazismo, em Der Fuehrer’s Face (A Face de Fuehrer’s), 1943, Pato Donald é funcionário de uma fábrica de munição da Alemanha e sofre ameaças a qualquer sinal de cansaço, a personagem veste a farda nazista.







De caráter educativo foi lançado um curta, 3 minutos de duração, protagonizado por Minnie representando a típica mulher americana cuidando de sua casa, enquanto o marido, Mickey, está lutando na guerra. Ela está prestes a derramar gordura sobre a comida de Pluto quando escuta no rádio uma informação crucial para sua autoafirmação como verdadeira cidadã americana consciente, que deve proteger seu povo colaborando para a vitória estadunidense, naquele momento soube que não deveria desperdiçar gordura em sua casa, ela deveria congelar o que sobrasse e, quando enchesse um pote trocasse em um açougue identificado por um selo do governo por dinheiro. A gordura ajudaria na produção de munição. O filme apresenta desde o passo a passo do processo do congelamento da gordura e de sua entrega no açougue, até a produção e utilização da munição na destruição de um navio inimigo. A animação também contém uma rara imagem de Mickey fardado.




Em As Crianças de Hitler, Hitler’sChildren – Education for Death, 1943, é mostrada a vida de Hans, sua infância, educação e todo o caminho que percorreu até tornar-se um jovem nazista fanático. Inicialmente Disney faz uma paródia do conto de fadas A Bela Adormecida. O enredo é como o original, o príncipe, representado por Hitler, salva sua princesa, a robusta Alemanha, que no primeiro momento teme sua figura, mas instantaneamente o acolhe com satisfação. Terminada a cômica introdução dos Estúdios Disney aos Americanos sobre o domínio de Hitler sobre a Alemanha, inicia-se a história de Hans, nascido sobre o domínio nazista é doutrinado desde criança a odiar qualquer um que não fosse alemão. Em sua ingenuidade na escola é castigado por seu severo professor por defender um coelho que havia sido devorado por uma raposa na história que utilizava para ensinar seus estudantes, foi humilhado e tratado como burro por seu sentimento de pena, mas logo aprende com seus amigos espertos que o coelho merecia a morte. Ao longo da animação são exibidas cenas fortes como a substituição de um crucifixo pela suástica, da Bíblia Sagrada pelo livro de Hitler, depredação da Igreja, de obras de arte e literárias. A mensagem é clara: O Nazismo quer dominar o mundo, tirar toda a liberdade, destruir todas as artes e abduzir homens e mulheres desde sua infância através da dura doutrinação e adoração a Hitler.




O filme Vitória por meio do poder aéreo – Victory through Air Power, 1943, foi inspirado no livro do Major Alexander P. Seversky, e traz toda a história da aviação, inclusive menciona-se o nome do brasileiro Alberto Santos Dumont, logicamente atrás dos irmãos Wright. A produção tinha como proposta que a melhor arma dos Estados Unidos contra seus inimigos, principalmente contra os japoneses, era a utilização do poder dos bombardeios aéreos. O filme foi produzido antes dos ataques atômicos a Hiroshima e Nagasaki. Além de toda a argumentação sobre o poder aéreo, reforçado com imagens reais no meio da animação, mostra-se a expansão de Hitler pela Europa e o ataque japonês à base militar de Pearl Harbor.





Muitas produções foram criadas apoiando os Estados Unidos, educando, entretendo e de certa forma doutrinando o povo americano. Mas os investimentos estadunidenses ultrapassaram suas fronteiras chegando à América do Sul com o intuito de incluir o povo latino em seus interesses políticos e econômicos. Foram criados personagens representando a parte sul do continente, tais como o brasileiro Zé Carioca e o galo mexicano Panchito, para conquistar os países latinos e apresenta-los, de forma estereotipada, à América do Norte foi criado o filme, que conta com a participação da irmã da cantora Carmen Miranda, “Você já foi à Bahia?” – The Three Caballeros, 1944.





A produtora Disney era o trunfo da propaganda americana, divertia, educava e ainda projetava para a Guerra. (SvenStilich, 2009) Durante o período de 1942 e 1943 foram usados mais de 62 mil metros de rolo de filme, cinco vezes mais do que em tempos de paz. O período compreendeu cerca de 68 horas de animação patriótica.
A participação dos estúdios Disney começou em 1939 com a encomenda de um logotipo para o navio de guerra U.S.S Wasp, tratava-se de uma vespa com luvas de boxe. A simpatia dos militares e da população foi alcançada com sucesso. Desde então várias encomendas foram feitas à produtora, que participou ativamente da Segunda Guerra Mundial, produzindo pôsteres, ilustrações, animações, logotipos, mascotes etc. Foram mais de 1200 peças gráficas produzidas neste período. 90% dos estúdios Disney se dedicavam exclusivamente a produzir para a Guerra. Além dos Estados Unidos outros países também convocaram os personagens Disney para seus esforços de guerra, Nova Zelândia e Inglaterra encomendaram pinturas para os narizes de seus aviões. No Canadá aquele que doava para os fundos de Guerra, ganhava um certificado ilustrado com as figuras de Mickey e Pato Donald.

Devido ao medo de espionagem os funcionários da produtora não podiam levar visitas à Disney, os estúdios eram fortemente protegidos por uma base militar. Até mesmo para escrever um recado e colar em um mural era necessário preencher um protocolo, caso fosse aprovado pela administração ele era impresso em folha padrão, tudo isso para evitar a comunicação através de códigos entre possíveis espiões.
(Ramone, Marcus, 2007) Percebendo o poder da imagem desses personagens, a Europa semeou a antipatia em seu povo produzindo uma animação onde os amados da Disney e da América destruíam a França com bombas lançadas de aviões, o pretexto era libertar o país dos alemães.
Os quadrinhos Disney tinham a função de envolver e educar o público infantil nos acontecimentos do momento. A Guerra era tratada sob o ponto de vista familiar, doméstico. Os assuntos giravam em torno da escassez, economia e era comum tratar das pequenas plantações domésticas (jardins da vitória), que era para o sustento da família e às vezes era enviado a soldados. Também eram retratadas aventuras dos personagens envoltas em muita ação e perigo. Os gibis da produtora eram proibidos nos países do Eixo.



SOUZA, Karla. Zé Carioca e a construção do estereótipo: A infografia como ferramenta didática (2012).

Walt Disney e Wernher von Braun, que trabalhou nos Estúdios Disney na década de 1950 como diretor técnico, realizando três filmes para televisão sobre a exploração espacial.

Abaixo, resumo algumas dessas animações. A alternativa pra assistir uma animação é digitar o título dela no Youtube.

A Face do Fuhrer (1943, 8 min.)
Der Fuehrer's Face 

O curta aborda um dia na vida do Pato Donald, que trabalha numa fábrica de armamentos do fuhrer. A trilha sonora virou sucesso na época e a animação ganhou o Oscar de curta metragem em 1943.

As Crianças de Hitler - Educação para a morte (1943, 10 min.)
Hitler's Children - Education for Death

O curta narra o processo de educação nazista de Hans, um menino alemão. Numa das cenas, a bela adormecida é retratada como a Alemanha, que é resgatada da bruxa (democracia) por ninguém menos que Adolf Hitler (o “príncipe”).

O Espírito de 43 (1943, 6 min.)
The Spirit of '43 

Neste curta o Pato Donald é aconselhado pelo Tio Patinhas a guardar uma parte do seu salário para pagar seus impostos, que estão maiores este ano devido à guerra.

O Novo Espírito (1942, 7 min.)
The New Spirit 

O Pato Donald é incentivado por uma propaganda de rádio a recolher seu imposto de renda o quanto antes, para que os Aliados derrotem o Eixo.

Saindo da Frigideira para a Linha de Tiro (1942, 3 min.)
Out of the Frying Pan into the Firing Line

Minnie e Pluto são incentivados por uma propaganda de rádio a armazenar gordura de cozinha, útil para a produção de explosivos.




Fonte: Texto retirado do blog http://viciose.blogspot.com.br/2014/09/disney-e-segunda-guerra-mundial.html

O que é Geek?


Geek é uma gíria da língua inglesa cujo significado é alguém viciado em tecnologia, eletrônica, jogos eletrônicos ou de tabuleiro, histórias em quadrinhos, livros, filmes, animes e séries.

A subcultura geek se caracteriza como um estilo de vida, no qual os indivíduos se interessam por tudo que está relacionado a tecnologia e eletrônica, gostam de filmes de ficção científica (Star Wars, Star Trek e outros), são fanáticos por jogos eletrônicos e jogos de tabuleiro, sabem desenvolver softwares em várias linguagens de programação e, na escola, se destacam dos outros colegas pelos conhecimentos demonstrados.

A diferença apontada entre nerd e geek é a aceitação social e as conotações positivas atribuídas aos geeks, pessoas com atitudes “peculiares”, atraídas por todas as novidades no mundo da tecnologia e apaixonadas pelo que fazem.


Como tudo começou?


Originalmente, pelos anos 1870, os geeks eram conhecidos como “bobos”e “idiotas”, pois eram os artistas de rua que praticavam atos bizarros em suas apresentações, por exemplo: comiam vidros ou arrancavam a cabeça de uma galinha com os dentes. Por analogia, passou-se a designar como computer geek aquele que ganha a vida "comendo" bugs de computador


Nos dias de Hoje


Com a popularização da internet nos anos 1990, o termo adquiriu conotações positivas, definindo um novo estilo de vida no qual os indivíduos se identificam e se sentem mais confortáveis.


Fontes: http://www.significados.com.br/geek/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geek


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Nosso principal objetivo é a apresentação e divulgação de inovações para o ensino de ciências através da cultura Pop, ou seja, através da tecnologia, eletrônica, jogos eletrônicos ou de tabuleiro, histórias em quadrinhos, livros, filmes, animes e séries.
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Para você que é Professor, postaremos dicas de materiais didáticos, atividade práticas e metodologias de ensino.
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Então vamos Navegar!!!!



O Comunicador da Enterprise da série Star Trek foi uma inspiração, segundo Martin Cooper o criador do celular.